sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Creche antes dos dois anos?

Quando fiquei à espera da minha primeira filha, dizia a toda a gente que só a iria pôr na creche depois dos 2 anos. Achava que antes dessa idade não fazia sentido nenhum as crianças estarem na creche, pois não sabem socializar, apanham mais doenças e, como eu estava desempregada, seria também lógico que estivesse comigo em casa.

Recebi uma proposta de trabalho quando a Leonor tinha 8 meses, a qual aceitei. Não tendo ninguém com disponibilidade para ficar com a Leonor a tempo inteiro, não tínhamos outra opção senão escolher uma creche para ela. Estava-me a custar imenso ter que o fazer, mas tinha mesmo que trabalhar!

Posso dizer-vos que as primeiras duas semanas de creche da Leonor foram horríveis para mim! Sentia-me péssima por ter que entregar a minha filha o dia todo a outras pessoas! Pensei várias vezes em dizer que afinal não aceitava o trabalho e voltar a ter a minha filha comigo. 

A adaptação da Leonor à creche foi espetacular, choramingou um bocadinho nos primeiros dias, mas nada de muito dramático.

Rapidamente começámos a notar efeitos positivos da creche na Leonor: começou a entreter-se sozinha com os brinquedos dela, quando a íamos buscar estava sempre satisfeita a brincar e percebia-se que puxavam bastante por ela, vinha para casa cansada, mas contente, começou a fazer boas sestas (apesar de ser uma criança que sempre dormiu lindamente à noite, durante o dia tinha sonos muito irregulares).



O emprego que me propuseram não se chegou a concretizar, mas na altura achamos que a creche lhe estava a fazer tão bem, que não a quisemos tirar de lá :)

A Carolina neste momento tem quase 2 meses e, não temos qualquer dúvida de que também entrará na creche antes dos 2 anos!

- E vocês, o que acham deste tema? Preferem ter as crianças em casa com avós ou alguém que tome conta delas, ou na creche?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Gravidez não é doença .... Mas calma !

Sempre ouvi dizer que gravidez não é doença e não é, mas calma...  pode tornar-se um pouco limitativo, há muitas coisas que deixamos de poder fazer, ou pelo menos fazer da mesma maneira.

Neste momento estou de 22 semanas de gestação e já me sinto um pouco menos apta para as lides da casa. Fico com muitas dores após o esforço, principalmente na zona lombar e nas pernas, de tal forma que, com muita pena minha eu tive de parar de fazer as minhas aulas de cycle (que amo) no meu ginásio de eleição Lagoas Health Club, aconselhado pela minha médica. Vou no entanto continuar a ter os meus treinos (mais calmos), e claro,  vou continuar a fazer as minhas caminhadas matinais, com um ritmo mais controladas e lentas, isto porque já me deixam sem ar cada vez que subo um lance de escadas maior, ou faço uma subida mais íngreme.
Ui o meu corpo já está mesmo a mudar... a minha princesa já se mexe muito, principalmente quando fico deitada de barriga para cima. Já sinto a necessidade de dormir com uma almofada entre as pernas para não ficar com tantas dores nas costas e dormir mais confortável. As noites já não as durmo seguidas porque tenho de me levantar cinco vezes para ir à casa de banho... fico cansada de tal forma que muitas vezes quase bato com a cabeça na parede ou na porta de tão podre que estou!

Por isso, gravidez não é doença, mas calma... é mesmo preciso termos alguns cuidados acrescidos... como por exemplo com a alimentação. Eu não sou imune à toxoplasmose, logo, em relação aos alimentos que posso comer, tenho que ter muito cuidado... fico com falta de imaginação para cozinhar, é muito limitativo, por isso se tiverem algumas dicas que possam partilhar, agradeço! Já não sei mesmo o que fazer de alimentação saudável para mim e para o bebé.

E a vossa gravidez? Como foi? Como está a ser?

Tinha uma viagem ao Brasil, programada há já algum tempo, uma espécie de "lua-de-mel" antecipada... tive de a cancelar, pois além de ter sido desaconselhado pela médica, tive ainda a notícia de que havia um surto do mosquito "Zika" exactamente para onde íamos, o que iria colocar em risco o bebe. Quanto a mim deixou no momento de haver dúvidas em relação a cancelar a viagem, pois obviamente em primeiro lugar está a minha fofa.
Eu já estava apreensiva com a viagem antes de tudo isto, pois todos os cuidados que teria de ter eram a triplicar! Água sem ser engarrafada, nem pensar! Sumos com gelo, nem pensar! Picanha só muito bem passada (o que tira a graça toda...)! Saladas, nem pensar! A minha praia preferida, só para lá chegar tinha de descer 200 degraus, mais 200 para subir... enfim, já estava receosa, e depois de tudo o que me foi aconselhado, nem se pôs a questão de viajar, cancelar foi de certeza o melhor!

Como opção, decidimos passar um fim‑de‑semana óptimo em Portugal, que tanto tem para nos oferecer... fomos até Monsaraz! Amei!!! Foi um sonho... até porque voltei de lá noiva.

Mas não fugindo ao assunto, o que eu gostava de saber é, como é que vocês que estão ou já estiveram grávidas, faziam para facilitar estes desconfortos ou limitações na gravidez? As dores? A alimentação? Hoje olhei-me ao espelho e assustei-me... estava com umas olheiras até aos pés. Passei a noite toda a sonhar com o parto, com a minha princesinha... Acordo várias vezes a pensar "Será que está tudo bem? Tenho feito tudo como deve ser?" Esta ansiedade não é fácil de gerir... Quero tanto ver a cara da minha princesa...



domingo, 24 de janeiro de 2016

Balanço deste fim-de-semana

Finalmente tivemos um fim-de-semana primaveril! A temperatura esteve mesmo a pedir passeios e, por isso, saímos pela primeira vez para o ar livre com a nossa filha Carolina (6 semanas). 

No Sábado de manhã o programa foi só com a Leonor, levámo-la ao Oceanário. Com 19 meses já gostou imenso, ficou super curiosa a olhar para o vidro do aquário gigante. Cada vez que passava um peixe perto dela a excitação era de rir :) Quem tenha filhos destas idades, aconselho a levá-los ao Oceanário, eles já gostam e, até aos 4 anos não pagam! 

Delirou com o Vasco!

O resto do fim-de-semana foi passado ao ar livre com passeios no jardim com as duas filhotas. Adorámos assistir à ternura que a Leonor mostrou em relação à mana, cada vez que a Carolina suspirava ou ameaçava chorar, a Leonor dava-lhe festinhas na cabeça para a acalmar. Delirou com o seu papel de irmã mais velha.

Leonor sempre atenta à irmã

E hoje, à semelhança de todas as anteriores eleições, não nos podíamos esquecer de ir às urnas. A Leonor teve a sua estreia e acompanhou o Pai a votar.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Placenta Prévia

Não sei se sabem o que é ter placenta prévia na gravidez. Na gravidez da Leonor tive e posso dizer que é dos piores diagnósticos que se pode receber quando se está à espera do primeiro filho!

Mas então, o que é ter placenta prévia? Muito resumidamente, a placenta existe, desempenha as suas funções, mas encontra-se posicionada no sítio errado, isto é, em cima do colo do útero! Pode originar em qualquer altura um descolamento da placenta, hemorragias fortes e, consequentemente, falta de oxigenação ao bebé! Se isto ocorrer, tem que se proceder a uma cesariana de emergência!




Às 20 semanas de gravidez, quando tudo decorria tranquilamente, numa ecografia de rotina, a minha obstetra deu-me a notícia de que tinha placenta prévia. Como eu nunca tinha ouvido falar, explicou-me em que consistia e ordenou que ficasse de repouso (podia estar 3 horas a fazer vida normal, mas depois tinha que me deitar outras 3 horas). Tranquilizou-me com o facto de na maioria dos casos, a placenta acabar por subir e ficar no sítio certo. Daí a 2 semanas faria nova ecografia para ver a evolução... Mal cheguei a casa fui pesquisar na net. Não o devia ter feito, pois encontra-se tanta coisa má sobre o tema, que é difícil perceber o que está certo e errado! Mas encontrei uma estatística que dizia que apenas uma em cada 200 mulheres mantinham a placenta prévia até ao final da gravidez. Essa "uma mulher" não iria ser eu!

22 semanas: cheguei ao consultório da minha médica cheia de esperanças que a placenta estivesse no sítio certo, pois tinha cumprido o repouso à risca! Desilusão total, o diagnóstico manteve-se e a recomendação de repouso também.

Seguiram-se ecografias de duas em duas semanas, muito repouso (a determinada altura fiquei mesmo proibida de andar de carro, apenas podia ir às consultas) e muito medo de que algo corresse mal a qualquer momento! Qualquer contração podia despoletar o descolamento da placenta e um parto prematuro!

É verdade, fui mesmo aquela mulher em duzentas, que tem placenta prévia até ao final da gravidez! Cumpri o repouso à risca, não tive descolamentos nem hemorragias inesperadas e, às 37 semanas, fui submetida a uma cesariana para pôr cá fora a minha Leonor :) Nunca poderia ter tido um parto normal, pois a placenta tapava o colo do útero. Correu tudo lindamente e tive uma filha saudável.

Que dicas posso dar a quem tenha este diagnóstico? Cumpram o repouso que vos for imposto sem excepções e pensem positivo. Custa estar tantas semanas de repouso (eu estive 17!), mas quando o vosso filho nascer, tudo é compensado :)

domingo, 17 de janeiro de 2016

Os primeiros passos da Leonor

Afinal, qual é a idade certa para as crianças começarem a andar? Ainda antes de ter filhos, sempre achei que as crianças começavam a dar os primeiros passos por volta dos 12 meses.

A nossa filha Leonor, apesar de ter nascido pequenina (2.730kg), rapidamente ganhou aqueles refegos deliciosos e saltou de um percentil 10 para um percentil 85! Bastava estar um bocadinho com ela que se percebia logo que era um bebé do tipo bonacheirão (atenção que não é, nem nunca foi gorda). Aos 6 meses, quando toda a gente me dizia que era suposto um bebé começar a sentar-se sozinho, a Leonor não estava minimamente virada para aí! Quanto mais deitadinha estivesse, mais bem disposta ela estava. Então se lhe fossemos trazendo brinquedos, ela brincava deitada sem qualquer intenção de tentar sentar-se.

Leonor com 8 meses (brincava sempre deitada)

Só aos 10 meses é que se começou a sentar sozinha e muito direitinha e apenas começou a gatinhar no dia em que fez 1 ano. A pediatra sempre nos disse que cada criança tem o seu ritmo e que, dado estes timings, seria de esperar que a Leonor andasse tarde... Nunca nos preocupamos, até um dia (início de Setembro), em que fomos chamados à escola para uma reunião com a psicóloga e a educadora, alarmando-nos para o facto de não ser muito normal a nossa filha ainda não andar (tinha a Leonor cerca de 14 meses). O Gonçalo e eu decidimos de imediato marcar uma consulta de especialidade com um ortopedista pediátrico (de renome da nossa praça) e, após 3 meses de espera, lá tivemos a nossa consulta. O médico tranquilizou-nos, indicando que, pelo facto da Leonor ter uma enorme flexibilidade, (já tínhamos reparado que ela era flexível, mas achamos que era comum a todos os bebés daquela idade) faria com que necessitasse de estar mais musculada para poder andar com equilíbrio e força nas pernas. Disse-nos ainda que este processo ocorreria naturalmente com o tempo, que não nos deveríamos preocupar. Apenas para despiste final foi efectuado um RX à anca e estava tudo normal.

E finalmente, lá tivemos a Leonor a dar os primeiros passos com 17 meses e meio! Começou com a excitação de querer espreitar a irmã, recém-nascida, ainda no berço do hospital, tendo-se deslocado com 3 ou 4 passos de um pequeno sofá existente no quarto, até ao berço.

Concluindo, a partir do momento em que aguardávamos pela consulta, não foi um processo muito fácil, até porque os colegas da escola com idades próximas já andavam. Mas foi dentro da "janela" considerada "aceitável e normal" pela pediatra - que indicou que a partir dos 18 meses, é que poderia ser motivo para começar a ficar vigilante. Neste momento temos uma Leonor imparável a querer andar a toda a hora :)



E os vossos filhos, começaram a andar com que idades?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Segurança infantil no carro

A situação de ter que tirar uma criança/bebé de um carro no inverno é um filme! Acho que todas as mães se identificam com isso! Nos dias em que levo a minha filha Leonor à creche, a sucessão de acontecimentos é, no mínimo, caricata: 

1) Estaciono o carro em 4 piscas na rua da creche (mesmo sendo uma rua com duas faixas, há sempre alguém que refila num carro atrás);
2) Começa a odisseia de ter que vestir o casaco à Leonor, que nessa altura resolve pedir água ou atirar brinquedos para fora do carro e começar a fazer birra enquanto eu não os apanho! Nesta altura já costumo estar cheia de calor;
3) Vestir um gorro para não apanhar frio nos ouvidos (depois das otites de Dezembro, não facilito nesta questão);
4) Pegar na minha carteira, na lancheira dela e, quando a vou tirar do carro, reparo que resolveu tirar o gorro e olhar para mim com cara de asneira;
5) Voltar a vestir o gorro;
6) Tirá-la da cadeirinha rapidamente, para não dar hipótese a mais nenhuma asneira que aquela cabecinha de 18 meses se possa lembrar! 
7) Deixá-la na creche e, à tarde, quando a vou buscar, voltar a repetir tudo, por vezes com uma birra de cansaço à mistura!

Agora imaginem tudo isto, mas a chover a cântaros, em que tenho que abrir um chapéu de chuva! Aposto que vocês mães, que estão a ler isto, se estão a rever tão bem neste filme...

Facilitaria imenso se a Leonor fosse na sua cadeirinha já com o casaco vestido. É aqui que vos quero alertar para o perigo, caso andem com os vossos filhos de casacos vestidos na cadeira deles! Segundo teste realizados recentemente nos Estados Unidos, mostram que, em caso de colisão, se a criança estiver vestida com um casaco de inverno, as consequências podem ser dramáticas! [ver notícia].


Fonte: NBC News in RTP Notícias, 15/12/2015





















Desta forma, prefiro mil vezes passar pela odisseia de manhã e à tarde, do que arriscar uma situação que pode ser muito perigosa!

Aqui fica o alerta!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Conciliar a profissão com... ser mãe!!!!!!

Sou atriz, uma profissão nada fácil para conciliar com o ser mãe. Trabalhar a recibos verdes, não tenho subsídios de maternidade, nem baixas, enfim, não tenho direito a nada! Por isso, quando dizem que somos ricos nesta profissão, não é bem verdade, até porque os ordenados que se fala por aí, na maior parte das vezes são um exagero muito para além da realidade. E depois, o que recebemos é bom, mas tem de dar para os meses em que estamos em casa sem trabalho, porque normalmente é um ano a trabalhar e outro sem trabalhar (na melhor das hipóteses), logo o nosso ordenado é normal. 

Por isso é que muitas vezes, temos de agarrar as publicidades e os patrocínios, sempre é dinheiro que poupamos... Acham mesmo que se as atrizes em Portugal fossem ricas tinham de se preocupar com patrocínios? Eu é que sou parva porque devia pôr-me mais a jeito e não consigo, não faz parte do meu feitio... Mas deveria mudar porque realmente fazem sentido os patrocínios, porque se vivemos também da nossa imagem e há pessoas a fazerem dinheiro com ela, então porque não recebermos nós também?

Em relação ao meu trabalho como atriz sinto-me uma privilegiada, porque já lá vão 16 anos na televisão e estive quase sempre a trabalhar, o máximo de tempo que estive parada foi um ano, o que foi óptimo. É uma decisão difícil sermos mães, porque as atrizes têm que parar de trabalhar na maior parte das vezes ou então podem ter a sorte de ter um papel que acompanhe a gravidez... mas é raro. No meu caso, na minha primeira gravidez, da Luz, consegui engravidar a 4 meses do fim da série Inspetor Max, por isso não tive tanto tempo sem trabalhar, porque voltei para fazer uma novela, tinha a Luz três meses. Desta vez foi mesmo decisão parar e curtir esta gravidez mais em pleno, mas tive que ser bastante poupada em relação ao que recebi no último projeto.

Amo o que faço, mas amo ainda mais a minha família, mas sem trabalho não consigo estar bem para a minha família, porque é preciso dinheiro e porque me sinto realizada a trabalhar e nem sempre é fácil tomar decisões em prol da família ou vice versa. Quantas vezes recusei trabalhos bem bons a nível monetário só porque quis ficar em casa a acompanhar a Luz nos trabalhos de casa? Muitas vezes. Não sei se fiz bem, fiz o que senti, mas o que é certo é que olho para a minha conta bancária e só vejo os números a descer, o que é assustador! Estou longe de ser rica, mas sinto-me rica com a família que tenho. Às vezes acho que podia lutar mais a nível profissional para chegar mais longe como atriz, mas o papel de mãe fala mais alto e não consigo ficar muito tempo longe da minha filha. Acham que sou um bocado galinha? Será que estou a desperdiçar oportunidades que me posso vir a arrepender mais tarde? Como é que vocês fizeram em relação ao vosso trabalho? À vossa ambição profissional?

Abdico e abdiquei em prol da minha filha para a conseguir acompanhar na festinha da escola, na aula de natação, nos trabalhos de casa, nos medos de não conseguir dormir de noite, nos desabafos próprios da idade, nos banhos, nas gargalhadas, nas danças malucas, nos jantares a mesa, nas idas à praia, férias em família, ir à quinta dos bisavós... No fundo, na vida o que é que conta? Para mim, primeiro vem a família. Faço questão que as minhas filhas saibam que podem mesmo contar comigo, como pilar. Tantas vezes que tive para desistir da carreira de atriz para ter um trabalho com um horário normal, salário normal, férias normais. Mas ao mesmo tempo não fazia sentido deixar de fazer o que me apaixona porque não iria ser feliz... E trabalharmos naquilo que gostamos também faz com que os nossos filhos sintam orgulho.

Vou ter mesmo que aprender a viver com estas dúvidas e instabilidades no trabalho.

E não há nada melhor no mundo do que ouvir a minha filha dizer às amigas (ela não sabia que eu estava a ouvir): "a minha mãe é mesmo a melhor do mundo, tive sorte. Eu acho que até gosto mais dela do que de mim..." O meu amor... Ouvir estas frases faz-nos sentir milionárias e que se calhar estamos no caminho certo? Não acham?



bjs
babs

Ter uma filha em Dezembro!

Vou falar-vos da minha experiência de ter tido uma filha no inverno.



A Carolina, nasceu no dia 8 de Dezembro de 2015. Nasceu de cesariana com 3,280kg. Três dias depois viemos para casa. Neste mesmo dia, a minha outra filha, a Leonor, ainda com 17 meses, veio da escola com 38,5º de febre! Que pontaria! Eu, com as hormonas aos gritos, desatei num pranto assim que percebi que a Leonor estava doente e a Carolina tinha apenas três dias! Só pensava no que a pediatra nos tinha dito sobre o facto dos recém-nascidos, à mínima doença que possam ter, ficam quase sempre internados! A minha cabeça só imaginava a minha pequenina num ambiente hospitalar cheia de tubos! Pânico! Foi aqui que se deu o início de 10 dias muito complicados!

O meu marido rapidamente arranjou maneira de diminuir ao máximo o risco de contágio à mais pequena. A Carolina que, nesta fase, apenas comia e dormia, não saía do nosso quarto. A Leonor podia andar pelo resto da casa, menos no quarto onde estava a irmã.

Dois dias depois da febre inicial, a Leonor chegou aos 40º! O Gonçalo levou-a para o hospital a meio da noite. Diagnosticaram-lhe uma otite em cada ouvido e uma infecção respiratória! Resultado: antibiótico, aerossóis cheios de medicação e o mínimo de contacto com a irmã!

O jogo do gato e do rato continuava. A Carolina não saía do nosso quarto e a Leonor nem se apercebia que havia mais um bebé em casa! E nós parecíamos maluquinhos, ora a tratar de uma ora da outra! Passávamos o dia a lavar as mãos! 

Conseguem imaginar o stress em que uma recém-mãe se encontrava? O impacto que teve na amamentação? Sobre este tema um pouco polémico, amamentação, será falado num outro post neste blog.

Concluindo, ter tido um bebé em Dezembro não foi nada fácil! Os primeiros 15 dias foram um horror, as minhas hormonas não deram tréguas! A minha primeira filha nasceu no verão e foi uma maravilha. Saíamos com ela todos os dias, passeios no jardim, fins de tarde solarengos maravilhosos, levamo-la para todo o lado...

- E vocês, como foi terem filhos no inverno?

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Hormonas aos saltos e aspecto fisico!

Estou mesmo feliz com a volta que a minha vida deu... Passados 10 anos vou ser mãe outra vez e de uma outra rapariga. Nunca pensei que fosse possível apaixonar-me outra vez e querer ter um outro filho.... Mas sim está a acontecer !!!!

Esta gravidez foi um bocadinho mais chata ao início (nos primeiros três meses). O meu feitio piorou e a minha sensibilidade aumentou... Aumentou muito! Estava insuportável e não estava mesmo a conseguir controlar... Chorava por tudo e por nada, ao ponto de estar a ver um anúncio de manteiga por exemplo e desatar num pranto. Em relação ao Ricardo comecei a ser insegura, ciumenta e a ser muito chata... Só pensava que ia ficar outra vez sozinha com uma criança nos braços, um verdadeiro drama, não estava mesmo a perceber o que se estava a passar comigo.

Por mais que nos digam : "isso é normal na gravidez, vais ver que passa" o que é certo é que parece que não passa! Mulher sofre! Não eram só as hormonas aos saltos, mas também as náuseas e enjoos e dores nas maminhas enfim... as maminhas inchadas, eu toda inchada e a ficar grande. A mudança do corpo também me custou um bocado a aceitar no início. Senti-me enorme passado uma semana de estar grávida, não me sentia nada sexy, nada gira, não me apetecia arranjar-me... Só queria hibernar e só voltar a sair de casa quando estivesse fantástica...

De um momento para o outro todos estes pensamentos e inseguranças passaram, (por volta dos três meses) por isso já sabem que é mesmo normal sentirem-se assim... e comecei a sentir exatamente o contrário, cheia de vontade de exibir a minha barriga, a sentir-me a mulher mais amada do mundo. Mas por vezes tenho dias em que me sinto péssima outra vez. Pareço mesmo maluca. Depois as pessoas também não ajudam porque acham que estão a dizer coisas queridas e simpáticas e não estão, chego ao carro e fico um bocado deprimida... "estás mesmo com cara de grávida" ou "bem, já se nota mesmo que estás grávida" ou pior "sabes que 36 anos não ajuda, tens de ter cuidado"! Na cabeça de uma grávida ouvir isto é a mesma coisa que nos estarem a chamar vacas, gordas, balofas e velhas... Nesse dia, que cheguei triste ao carro fui ate casa, olhei-me ao espelho e pensei: acabou-se! Estou grávida sim e com muito orgulho, e posso ser uma grávida sexy e quase sem celulite... Comecei a maquilhar-me, estiquei o cabelo, e pronto, fiquei com um arzinho. Depois fui ter com o meu "maridão" ao trabalho dei-lhe uma grande beijoca cheia de confiança e ele disse-me "estás uma brasa". 

A partir desse dia percebi que os filmes estavam todos na minha cabeça e que nós, mulheres e grávidas, é que começamos a mudar a nossa atitude e não as pessoas que estão à nossa volta. Nós é que ficamos insuportáveis.

Outra coisa, recuso-me a usar roupas mais larguinhas e ténis só porque estou grávida... Uso roupa normal, mas um número ou dois acima... Pelo menos até agora tem dado e ajuda-me a não deixar o meu corpo expandir demais. Agora estou assim, com 20 semanas já engordei mais um bocadinho do que devia, mas ainda não faz mal... 

Ah! Já agora... se tiverem dicas do que comer quando nos dá aqueles apetites a meio da noite digam, please!!!!!!




Eu acho que ajuda, e muito, a nossa auto estima na gravidez, cuidarmos de nós e não nos deixarmos engordar e desleixar... Há quem ache futil pensar no aspeto físico, mas eu acho que não. E vocês?

Bjs,
Babs

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O desafio do blog das Primas Norton...

Eu adoro escrever. Sempre gostei. Já escrevi muita coisa, mas nunca publiquei nada. Simplesmente escrevo. 

Há algum tempo que andava a pensar que seria giro ter um blog. Não sei se será muito (ou pouco) visualizado, mas é um projeto que me agrada imenso.
- Mas então, porquê ter um blog com a minha prima Bárbara, e não sozinha?

A Bárbara já falou de praticamente tudo sobre o nascimento e crescimento da nossa amizade. Assim sendo, não tenho necessidade de me alongar muito mais... 

O facto de termos ido viver juntas enquanto tirávamos os nossos cursos, aproximou-nos imenso e fez-nos crescer. Quando tinha 20 anos, era uma miúda um pouco roliça e desleixada. Não ligava nenhuma à alimentação. Não achava piada ver-me gordinha, mas também não fazia nada para contrariar essa situação... 
Quando vivíamos juntas, e tinha a minha prima "a puxar" por mim, fiz uma dieta (que me custou horrores), em que consegui perder cerca de 10 kg! Desci dois números de calças! Orgulho-me imenso de ter conseguido perder estes quilos extra sem ajuda profissional, mas sei que não o teria conseguido se não fosse a Bárbara. 
- Digam-me lá, quem é que não gosta de fazer uma dieta que seja bem sucedida? 

Como complemento da dieta, íamos juntas ao ginásio. É muito mais fácil ir ao ginásio com companhia do que sozinha - podem ter a certeza! 
Após ter perdido todo este peso, comecei a namorar com o Gonçalo, que é hoje o meu marido e pai das nossas duas filhotas queridas. 
- Primona, a dieta compensou, eh eh eh!

Claro que tinhas que ser uma das
minhas madrinhas de casamento!

Agora, temos ambas 36 anos. Eu, com uma filha de 18 meses (Leonor) e outra com 1 mês (Carolina), e a Bárbara, com uma filha de 9 anos (Luz), e ainda mais uma a caminho. Pareceu-nos fazer todo o sentido escrevermos este blog juntas.

- Vamos a isso primona?

- E vocês, estão preparadas para nos acompanhar, participar, criticar e divertirem-se connosco?

domingo, 10 de janeiro de 2016

O porquê de ter um blog com a Mariana?

A Mariana é minha prima direita, mas a verdade é que é muito mais do que uma prima. É uma verdadeira amiga! Nascemos com uma diferença de um mês e três semanas (em 1979). Por graça, fomos batizadas no mesmo dia, longe de sabermos que nos iríamos tornar grandes amigas. 
Não sei se foi o destino que nos juntou, mas o que é certo é que a nossa família é gigante. Somos muitos primos, mas esta prima, em especial, entrou na minha vida nas alturas que mais precisei...

Quando éramos pequenas, já mostrávamos ser bem diferentes. Brincávamos, mas ela tinha uma personalidade muito própria - sabia muito bem o que queria, e era sempre muito cautelosa. Eu, pelo contrário, era mais inconsciente e fazia algumas asneiras sem medir muito as consequências. 
Frequentamos escolas diferentes, tínhamos grupos de amigas diferentes e não vivíamos muito perto - a Mariana em Lisboa, e eu, no Estoril. Só estávamos juntas nas férias de verão, na Quinta dos nossos avós em Ponte de Lima (mais propriamente, na Queijada).

Em 2001, ainda vivíamos juntas, surgiu um anúncio para ir a um casting de televisão. A Mariana disse-me para irmos as duas, porque não teríamos nada a perder. Achei graça e fomos. O casting não me correu bem nem mal, simplesmente fiz o melhor que sabia. A minha prima estava mais nervosa. Fiquei com esse casting, e a Mariana não. A reação dela foi fantástica! Apoiou-me, e esteve sempre a dar-me força. Ajudou-me a estudar o texto para a última seleção, e foi aí que começou a minha aventura na representação com a minha primeira novela - "Nunca Digas Adeus", em 2001. Enfim, se não fosse a Mariana, eu não tinha ido aquele casting... Ela continuou o curso dela, e eu, o meu... A minha vida mudou radicalmente naquela altura - trabalhava que nem uma louca, e estudava ao mesmo tempo. 
Consegui comprar a minha primeira casa aos 22 anos, porque todo o dinheiro que ganhava, poupava... E o meu sonho, era ter a minha própria casa!

Passando à frente... seguimos com as nossas vidas! Às vezes, estamos mais distantes do que devíamos, devido aos diferentes caminhos que seguimos... Mas uma coisa é certa, a Mariana esteve sempre presente nos momentos que mais precisei! Sempre com um sorriso, com uma palavra meiga e de força! Ela é mesmo uma força da natureza, e adoro a nossa amizade, porque aceitamos as diferenças de cada uma, e não nos julgamos. Pelo contrário, crescemos muito juntas!

Agora somos mulheres, e mães, de duas raparigas... e tem sido tudo um grande percurso maravilhoso... que iremos partilhar com vocês!
- Adoro-te primona... toma lá uma beijoca!

Mais tarde, quando tínhamos 20 anos, o destino fez com que fossemos viver as duas sozinhas. E aí, sim!! Começou uma grande amizade... Ao princípio, parecia que não tínhamos nada a ver uma com a outra. Ela era muito mais atinada que eu, boa aluna, a tirar Engenharia do Ambiente na Universidade Nova de Lisboa. E eu, no curso de Comunicação Empresarial no ISCEM. Odiava estudar, e apenas fazia o suficiente para passar... A Mariana tinha uns cadernos e apontamentos de fazer inveja, e eu, uma desorganizada... Mas tínhamos uma coisa em comum, responsabilidade! Levávamos a sério aquela vida de adultas, Viver sozinhas podia ter dado asneira... Muita asneira! Mas não, fomos um apoio muito grande, uma da outra, e crescemos imenso. Conseguimos tirar partido das qualidades de cada uma. Eu aprendi a ser mais organizada e melhor aluna, e ela começou a ser mais feminina e a ter mais atenção ao aspeto físico. Fomos para o ginásio, mudamos a alimentação, estudávamos, fazíamos as nossas jantaradas... Mas sempre com muito respeito pelo espaço de cada uma. Fartei-me de crescer naqueles anos... Tornei-me mulher... Mais segura e confiante graças à minha prima... Muitas conversas, muitos desabafos... Que saudades! 


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O início do blog... Só poderia ser no dia 7 de Janeiro, o nosso número da sorte!!! :)

Caso não se perceba, eu sou a do lado direito ;)

Duas primas trintonas, completamente diferentes em (quase) tudo, mas com uma amizade muito forte que nos une. 
Decidimos começar este blog juntas, porque precisamos de ajuda... e porque queremos ajudar, com as nossas experiências como mulheres e mães de miúdas... 
Sim, nas nossas casas, miúdos, apenas temos os nossos maridos... Bem, na realidade... O meu, ainda não é marido... AINDA!

Esta semana, eu vim a casa da Mariana visitar a Carolina (a sua filhota que nasceu no dia 8 de Dezembro 2015), e quando dei por mim, não parava de fazer montes de perguntas... Confesso que estou um bocado ansiosa... Bem sei que é a minha segunda gravidez. Mas a primeira já foi há tanto tempo, que já nem me lembro! 
Assim que entrei em casa dela, e olhei para a Carolina, achei que era tão pequenina... "Ai, meu Deus!", já não me lembrava... E presenciei "aquele" stress inicial... As fraldas, os choros de bebé, o processo de dar de mamar, a casa num caos e a desmultiplicação para as tarefas domésticas, as olheiras da Mariana e do maridão... Enfim, fiquei em pânico... Será que estou preparada?

Bom... Não me  posso dispersar... Estava eu a contar como tudo isto surgiu... Lá conseguimos um bocadinho de tempo só para as duas, para pormos a conversa em dia... E percebemos que existem assuntos que parecem ser um pouco desconfortáveis, no âmbito dos grupos de mães... Como por exemplo, a amamentação!!!

Eu decidi que não vou dar de mamar desta vez, pois a minha experiência com a primeira filhota foi muito má. Um verdadeiro trauma. A única coisa que realmente foi difícil para mim, na minha primeira filhota, foi mesmo amamentar. Lembro-me de sentir uma enorme frustração... O meu leite não era suficiente para alimentar a minha filha Luz, e cheguei até, a fazer feridas nas maminhas (ainda que colocando aquelas "proteções de plástico"). Foi um tormento. 
Cada vez que lhe dava de mamar, chorava de dores, e chorava a minha filha de fome, porque o meu leite não era suficiente. A pressão à minha volta era enorme, e parecia que era menos mulher se não fosse capaz de dar de mamar... Após ter tentado, não consegui continuar mais do que um mês... 

Agora, depois de estar decidida a não dar de mamar, estou com dúvidas se devo tentar, após ter tido uma péssima experiência na primeira vez...
Não sei ainda, mas acho que vou fazer como sempre faço quando tenho dúvidas, ou medos, sobre tomar uma decisão - vou seguir o meu coração!
Acho que amamentar só faz sentido se for bom para nós, e para os nossos filhos... 
- O que vocês acham sobre este assunto?